meu amor da vida toda, obrigada!
Já não tenho penso, saí no dia 2 de fevereiro e andei com um penso de vácuo todo este tempo, à espera que a pele cicatriza-se por si, a rezar para não ser enxertada, não queria mais cortes num corpo mutilado, demorou, muitas noites em branco, quando a máquina resolvia apitar porque tinha fugas, penso por cima de pensos, para calar a máquina até à proxima semana, até ao próximo dia de mudar o penso.
Não fui novamente operada, não ficou bonito, mas ficou como ficou, engelhada, com pêlos e parece que foi roída por um rato. Pensei que não ia conseguir olhar, pensei que nada voltava a ser como era antes, a relação que tinha comigo e com o meu corpo, mas nada mudou! Mas foi preciso tempo para me habituar à ideia que ia ficar assim, foi preciso eu sentir muito amor em casa para saber que nada tinha mudado. Esta caminhada não foi só minha, foi e é a nossa caminhada e obrigada por estares aqui do meu lado meu companheiro da vida.
Kuruka